Autoria

Meu nome é Maria Eugênia Carvalho, tenho 21 anos, e comecei o curso de graduação de Bacharelado em Linguística (pertencente ao Departamento de Letras), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em 2014.

Em 2015, no segundo semestre, cursei a disciplina optativa intitulada Introdução aos Estudos da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS I, ministrada pelo Prof. Ms. Rimar Ramalho Segala, oferecida pelo Departamento de Psicologia, ao qual pertence o curso de graduação em Tradução/Interpretação de Libras/Língua Portuguesa (TILSP).

Desde então, minha compreensão de língua aumentou e esse "novo" campo se tornou uma grande fonte de estudo fora da sala de aula, pois não havia a possibilidade de continuar outra disciplina, uma vez que era ofertada somente a primeira disciplina de Libras.

Mesmo assim, continuei estudando por fora e sempre pensando em algum projeto que poderia ser feito abordando a libras. Tentei começar uma iniciação científica três vezes, porém sempre havia um entrave: quem iria orientar?

Se fosse apenas um professor do Departamento de Letras, faltaria a parte teórica relacionada à libras. E se fosse apenas um professor do Departamento de Psicologia, faltaria a parte da linguística e não seria possível fazer mais do que uma iniciação científica, pois para orientar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), é obrigatório que o professor orientador seja do departamento ao qual pertence o curso em questão. Portanto, desisti do projeto.

Somente no meu terceiro ano de curso, no final de 2016, pude dar um passo em direção a esse plano. E isso aconteceu em uma disciplina obrigatória intitulada Texto: Produção e Circulação, ministrada pela Profª Drª Luciana Salazar Salgado. A proposta da disciplina era fazer um observatório cultural online, que seria a produção de conteúdo em uma plataforma digital sobre um tema cultural a fim de observá-lo de forma crítica. Eu escolhi falar sobre a Libras: um recorte linguístico e social atravessado pela cultura de uma maioria ouvinte que nem sempre (re)conhece e compreende a comunidade surda em todos seus aspectos, a começar pela língua.

Ao longo do tempo, o projeto foi ganhando peso de um TCC. Então, decidimos, Profª Luciana e eu, transformá-lo, de fato, em um TCC. No entanto, seria fundamental uma coorientação da área de libras. Portanto, convidamos o Prof. Dr. Vinícius Nascimento, professor e pesquisador do curso TILSP, do Departamento de Psicologia, para coorientar o projeto a fim de alinhar o conteúdo. Foi assim que, a partir de 2017, demos início à transformação do produto de uma disciplina em um trabalho de conclusão de curso.

Nesse mesmo tempo, no começo do ano, pude iniciar o Curso de Libras, nível 1 (básico), no Instituto de Línguas - IL da UFSCar. Foram cerca de quatro meses de aprendizado intenso que me ajudaram a "destravar" as mãos, o corpo e a face, mas sobretudo, a ampliar meu conhecimento de libras na prática e no contato com os surdos.


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